O transtorno do espectro autista é uma síndrome que afeta aspectos de
comunicação e socialização do indivíduo. Os indicadores do autismo podem ser
identificados desde a primeira infância, pelos sinais no desenvolvimento fora dos
parâmetros. O profissional de saúde responsável por acompanhar o crescimento e
desenvolvimento da criança tem a oportunidade de identificar e facilitar o diagnóstico
precoce do transtorno do espectro autista, além de promover ações que possam
proporcionar ao paciente autista autonomia e autocuidado. O estudo tem como
objetivo identificar os desafios enfrentados pela equipe de Enfermagem na
assistência ao paciente autista. Trata-se de um estudo de revisão integrativa
realizado no período de janeiro a dezembro de dois mil e vinte três, através de
estudos selecionados no banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), em
que após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados seis artigos
encontrados nas plataformas LILACS e BDENF. Os estudos incluídos na análise,
foram sistematizados em um quadro contendo as principais informações dos artigos,
como: autores, ano, título, objetivos e principais conclusões. Os artigos selecionados
apontam falta de abordagens e práticas específicas e necessidade de capacitação
profissional. Teorias de enfermagem como de Orem e práticas adaptadas como
Social Stories, demonstraram-se eficaz para o desenvolvimento do autocuidado e
autonomia de crianças com TEA. As conclusões destacam a importância de
práticas, abordagens específicas, formação, capacitação profissional adequada para
a prestação de assistência às crianças com TEA e suas famílias. A pesquisa
destaca a complexidade da assistência ao paciente autista, ressaltando a
importância da atualização e sensibilização da equipe de enfermagem. Conclui-se
então que a falta de conhecimento pode comprometer a qualidade do cuidado,
enfatizando a necessidade de abordagens individualizadas. A formação do
profissional de enfermagem e a criação de ambientes adaptados é crucial para uma
assistência humanizada e acessível, enquanto a conscientização sobre inclusão e
respeito à diversidade é fundamental para construir um ambiente assistencial mais
inclusivo.
