Humanizar é uma tarefa complexa que requer a contribuição de todos os que estão envolvidos
no cuidado com o paciente. A sua implantação demanda conscientização e persistência, afinal,
é um processo de mudança de conduta, algo que não se consegue da noite para o dia. A
internação é um processo angustiante para qualquer pessoa, quando se trata de criança, a
hospitalização gera ansiedade, medo, angustia e, em alguns casos, privações na vida familiar.
Por outro lado, o tratamento hospitalar além de proporcionar a cura, na maioria das vezes, pode
representar uma oportunidade de aumentar a capacidade de domínio do estresse e da angústia,
favorecendo a resiliência no enfrentamento das dificuldades da vida. Dependendo do
tratamento recebido pelo pequeno paciente e seus familiares, essa experiência pode ser uma
oportunidade de vivenciarem novas experiências de socialização. Dessa forma, este estudo
trata-se de uma revisão bibliográfica que tem como objetivo investigar de que maneira vem
ocorrendo o atendimento humanizado na área pediátrica das unidades hospitalares, com base
nas pesquisas realizadas por autores diversos junto a pacientes, familiares e profissionais de
saúde, em estudos publicados sobre o tema, no período compreendido entre os anos de 2013 e
2017. O tema se mostra relevante como base para identificação dos principais problemas
apontados que dificultam a implantação da Política Nacional de Humanização em sua
totalidade. Os resultados evidenciam a importância da comunicação entre a equipe e os usuários
e a dificuldade dos profissionais em participar de espaços em que a política é construída e
discutida. Conclui-se que há necessidade de ampliação desses espaços de discussão, bem como
a melhoria na comunicação, de uma abordagem carinhosa e cordial, o que ao mesmo tempo
sinalizaram para a importância da utilização de atividades lúdicas durante a hospitalização, o
que tornaria esse período menos doloroso e traumatizante.
