O transtorno do espectro autista (TEA) está classificado como um transtorno invasivo
de neurodesenvolvimento, caracterizado pelo comprometimento no desenvolvimento
da comunicação social, seja ela verbal ou não verbal, além de apresentar padrões
estereotipados e restritivos. Objetivo: Avaliar os desafios da nutrição diante da
seletividade alimentar em crianças e adolescentes autistas. Métodos: O presente
trabalho foi realizado através de uma revisão integrativa da literatura a respeito do
tema nas bases de dados; SciELO; LILACS e Google acadêmico. A busca contemplou
artigos publicados nos anos de 2013 a 2023 usando os descritores Autismo e
seletividade alimentar, autismo e nutrição e autismo e dietoterapia. Inicialmente foram
encontrados 370 artigos, mas após aplicar todos os critérios de exclusão sobraram
apenas 7 artigos para análise. Resultados: Os resultados obtidos foram que a
seletividade alimentar prevalece nos casos de TEA, principalmente ligados a
estímulos sensoriais como: textura; odor e temperatura e que essa alimentação
restrita acarreta carências nutricionais. Pacientes com TEA também apresentam
distúrbios gastrointestinais. Conclusões: concluiu-se que boa parte das crianças e
adolescentes apresentam seletividade alimentar e sentem dificuldade de comer
alimentos com determinadas texturas, cores e odores. E sobre as dietoterapias de
restrição do glúten e da caseina, alguns estudos mostraram uma melhora dos
sintomas gastrointestinais e do transtorno em si, porém são necessárias mais
pesquisas para provar a veracidade dessa dieta.
