Objetivo: analisar as produções científicas brasileiras sobre a violência obstétrica, seus danos psicossociais em gestantes e puérperas e as possíveis intervenções do profissional psicólogo nestes contextos. Método: Realizou-se um levantamento bibliográfico sobre violência obstétrica e danos psicossociais em gestante e puérperas entre os meses de junho de 2021 e maio de 2022, nas bases de dados do PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e do Portal Scielo BR, utilizando a combinação dos descritores: “Violência Obstétrica; Puérperas; Intervenção; Psicológico; Mulheres; Família”. Selecionou-se os textos completos gratuitos, em português, que abordavam temas sobre a violência obstétrica no Brasil. Resultados: Encontrou-se 12 artigos e, após a leitura dos resumos, considerando os critérios de inclusão e exclusão, 06 foram analisados. Observou-se que a violência obstétrica, além de ser um preditor para transtornos mentais com depressão pós-parto e transtorno de estresse pós-traumático, ainda é muito desconhecido por mulheres brasileiras, inclusive as que já foram vítimas dessa violência sendo naturalizado em meio ao âmbito sociocultural. Conclusão: Os artigos concluíram que há a necessidade de psicoeducar gestantes e puérperas a respeito da violência obstétrica, bem como seus familiares, e identificou-se também a necessidade de profissionais de equipes médicas mais preparados, sendo primordial que o entendimento de certas práticas que se caracterizam como violência obstétrica, como manobra de Kristeller, uso de fórceps, episiotomia, violência física e psicológica entre outros, sejam entendidos como tal desde o âmbito acadêmico, a fim de uma formação que venha a minimizar os números de violências sofridas por mulheres antes, durante e após o parto.
