INTRODUÇÃO: O brincar é um amplo processo que suscita a autonomia das crianças e alavanca uma série de estimulações, sua funcionalidade entra em confronto com o fenômeno da medicalização que é um processo multifatorial e que se constrói pela hegemonia do discurso biomédico. OBJETIVO: Apresentar os impactos do brincar para o desenvolvimento infantil e o seu antagonismo ao fenômeno da medicalização. METODOLOGIA: O estudo é uma revisão de literatura de delineamento qualitativo e exploratório. As pesquisas se deram a partir dos seguintes descritores: “brincar”, “infância” e “medicalização”, abarcando artigos entre o período de 2009 a 2021. Com relação a etapa de exclusão de estudos, seguiram os subsequentes critérios: artigos publicados fora do período proposto, artigos em línguas estrangeiras, teses e monografias. RESULTADOS: A medicalização vem assolando os tempos atuais e se disseminando a todos os públicos, inclusive na etapa da infância. O brincar é apresentado como uma das vias de contraposição a essa postura medicalizante, sendo o mesmo um agente que vem não para solucionar a medicalização pertencente ao cenário atual, mas vem para ser uma das janelas de libertação aos rótulos e com tentativas de enxergar o sujeito em todas as suas dimensões. CONCLUSÃO: Pode-se perceber que o brincar é um processo que tende a auxiliar no desenvolvimento infantil nos seus mais diversos aspectos. Sendo assim, a sua contribuição se mostra significativa no antagonismo a lógica medicalizante por permitir o desempenho de múltiplas funções, a possibilidade de expressão e a satisfação das necessidades da criança.
