O crescimento do número de crianças e adolescentes com deficiência em situação de adoção é
um problema real e crescente no nosso país. Mesmo com a intensificação de debates e
incentivos para o aumento de processos de adoção de crianças e adolescentes com algum tipo
de deficiência, ainda persiste o desencontro no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento
(SNA) entre o perfil desejado pelos postulantes e o perfil majoritário de institucionalizados em
todo o Brasil. Dessa forma, há uma grande necessidade de realização de ações com a sociedade e
com os profissionais das diversas áreas envolvidas nesse processo para que seja garantido e
efetivado o direito à convivência familiar. O referido estudo tem como objetivo analisar os
desafios e as fragilidades da adoção de crianças e adolescentes, tendo a ciência de que o Brasil
intensifica seu trabalho nas várias faces da questão social, estando estas entrelaçadas às
situações vivenciadas pelos atores em questão. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter
qualitativo, integrada à documental e bibliográfica. Os resultados desta pesquisa
proporcionaram o conhecimento de todos os processos existentes, desde a inserção da criança
e do adolescente com deficiência no sistema, até a sua saída mediante adoção ou idade avançada,
além da compreensão acerca das diversas causas do envelhecimento dos institucionalizados e da
percepção e ação dos funcionários diante da problemática da adoção de crianças e adolescentes
com deficiência.
