A exposição, que prossegue até o dia 11 de agosto, convida o observador a explorar um mundo onde a arte, o design e a ciência se encontram, revelando a profundidade e a complexidade que podem ser expressas em um banco de sentar.
Cada peça foi cuidadosamente projetada para incorporar os princípios da Semiótica e da Teoria de Gestalt, duas áreas fundamentais no estudo da percepção e da comunicação visual.
Foi aberta no dia 03 de agosto, na entrada da unidade acadêmica Grand Shopping, a exposição chamada “Bancos Semióticos e Gestálticos: iguais, mas diferentes”, que consiste na criação de bancos nas suas mais diversas formas que foram idealizados por alunos da disciplina de “Semiótica e Linguagem Visual” dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores do Centro Universitário Ateneu. A mostra, que é gratuita e prossegue até o dia 11 de agosto, convida o observador a explorar um mundo onde a arte, o design e a ciência se encontram, revelando a profundidade e a complexidade que podem ser expressas em um objeto tão cotidiano quanto um banco de sentar.
Os bancos expostos são muito mais do que simples assentos. Cada peça foi cuidadosamente projetada para incorporar os princípios da Semiótica e da Teoria de Gestalt, duas áreas fundamentais no estudo da percepção e da comunicação visual. A Semiótica, o estudo dos signos e dos símbolos, desempenha um papel crucial na forma como interpretamos o mundo as nosso redor. Então, em cada banco, os alunos aplicaram conceitos semióticos para criar obras que transcendem a sua função prática e comunicam significados profundos e variados. É possível encontrar simbolismo e iconicidade em cada curva, linha e material utilizado, desafiando as percepções de cada pessoa.
O prof. Neandro Nascimento, docente dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de interiores da UniAteneu e organizador da exposição, afirma que cada aluno teve liberdade total para desenvolver a sua peça. “A proposta era que eles pegassem coisas já existentes e transformassem em bancos ou fizessem o projeto do zero. Eles tiveram liberdade de comprar material que pensaram para criar a estrutura do banco, de usar coisas descartadas e dar vazão à criatividade para ressignificar coisas”, afirmou o prof. Neandro Nascimento.
Ainda sobre a mostra, ele disse que se trata de uma aliança do significado e da significância com a percepção humana, sobre como cada aluno percebeu o mundo, a sua cultura, as coisas à sua volta e como eles poderiam representar isso em um banco. A exposição é resultado do projeto final da disciplina de “Semiótica e Linguagem Visual”, a partir de tudo que eles aprenderam no primeiro semestre dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores. Ao todo, 12 alunos idealizaram os seus respectivos bancos, além do prof. Neandro Nascimento, titular da disciplina.
“Na criação do banco que eu fiz, eu usei a técnica da tensegridade, que é uma técnica que você usa a força da gravidade para dar sustentação, como é feita a Ponte Pênsil, por exemplo, que é toda flutuada por cabos. Uma peça não encosta na outra. Então, eu quis fazer assim para despertar a percepção das pessoas de como pode ser criado um banco que flutua, por isso, o nome de ‘Banco flutuante’. A ideia foi confundir mesmo como o banco está sustentado. Na estrutura eu utilizei a madeira ipê”, disse o aluno Eduardo Blois, aluno do Curso de Arquitetura e Urbanismo e Design de interiores da UniAteneu.
“O banco que denominei de ‘Tamanduá Bandeira’ veio com a inspiração do próprio animal tamanduá bandeira. Quando o professor deu a ideia de criar um banco, eu tentei puxar para essa questão do animal. A ideia foi fazer um design inovador, algo que saísse do padrão, com uma estrutura curvada com uma lâmina de madeira, de uma forma que expressasse um pouco a minha ideia. Eu utilizei um compensado flexível com aplicação de lâmina natural e do verniz”, explicou Israel Dantas Torres, aluno do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UniAteneu.
“O banco que eu chamei de ‘Z’ foi inspirado do meu próprio nome, que tem a letra ‘z’ em Oziel e em Paz, com um tipo de madeira chamado valeflex, um material que você consegue moldá-la, e revesti com lâmina sintética pau-ferro, para ficar todo com um aspecto de amadeirado”, relatou Oziel Paz, aluno do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UniAteneu
“É com grande satisfação que celebramos o sucesso da produção intelectual da disciplina ‘Linguagem Visual e Semiótica’, que culminou na inspiradora exposição ‘Bancos Semióticos e Gestálticos: iguais, mas diferentes’. Este evento destaca a criatividade e o rigor acadêmico dos alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores do Centro Universitário Ateneu”. A exposição não apenas demonstra a capacidade dos alunos em aplicar conceitos teóricos de forma prática, mas também reforça a importância da interdisciplinaridade ao explorar as interseções entre Semiótica e Gestalt. Parabenizamos todos os envolvidos por esta conquista exemplar, que enriquece a formação acadêmica e contribui significativamente para o campo do Design e da Arquitetura”, ressaltou o prof. Me. Frederico Macêdo, coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores da UniAteneu.