Devido às alterações na rotina de vida ao longo das últimas décadas, como ingestão
de alimentos inadequados e falta de exercício físico, as doenças crônicas não
transmissíveis e incapacidade funcional são atualmente um problema de saúde
pública de maior efeito nas causas de morte. Assim, este estudo objetivou descrever
o risco cardiovascular de praticantes de um programa de atividade física na
Associação Desportiva e Cultural Força Viva Aquiraz, no estado do Ceará, antes e
após cinco meses de prática. O estudo caracterizou-se como uma pesquisa
descritiva com delineamento longitudinal e abordagem quantitativa, cuja coleta de
dados ocorreu na primeira semana de janeiro de 2022 e se repetiu na primeira
semana de junho de 2022 em forma de medidas antropométricas, tendo sido
composta por 30 alunos, que praticaram treinamento funcional. Os resultados
apontaram que 83,33% dos entrevistados possuem o hábito de ingerir bebidas
alcoólicas e que 96,67% não são fumantes. Todavia, a maioria apresentou fatores
de risco associados aos indicadores antropométricos, como sobrepeso e obesidade.
O IMC apresentou resultados positivos após o quinto mês de intervenção, enquanto
os indicadores de CC e RCQ apresentaram redução de percentual de pessoas
consideradas de risco e o aumento de indivíduos classificados como fora de risco. O
processo evolutivo resultou após o quinto mês de prática. Esta pesquisa auxiliou na
identificação desse tipo de comorbidade em um grupo que pratica atividade física,
contribuindo para mudanças de hábito e, assim, diminuir os riscos por meio da
prática contínua de exercícios físicos, com intervenção do profissional de educação
física.
