Introdução: O câncer infantil representa 1 a 3% de todos os tumores cancerígenos na maioria
da população. De todos os sintomas sentidos pelos pacientes oncológicos, a dor é o mais
temido. O cuidado paliativo é utilizado para a prevenção e o alívio do sofrimento físico,
psicossocial e espiritual, buscando proporcionar conforto e melhorar, o quanto possível, a vida
do paciente. Dentro desse contexto, está inserida a fisioterapia, a qual é centrada na
identificação e na maximização da qualidade de vida e potencial de movimento, dentro das
esferas da promoção, prevenção, intervenção e reabilitação. Objetivo: Descrever sobre a
assistência fisioterapêutica em cuidados paliativos de pacientes oncológicos pediátricos,
através de relato de casos. Métodos: Relatos de casos, de abordagem quantitativa,
prospectiva, transversal e documental realizado no período de maio a junho de 2019. A
população do estudo constituiu-se de crianças com diagnóstico clínico/ histológico de câncer
com idade igual ou superior a 6 anos, de ambos os sexos, que estavam em internação
hospitalar, sob cuidados paliativos e foram submetidos à assistência fisioterapêutica, e seus
cuidadores. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética do centro universitário Ateneu e do
Hospital Infantil Albert Sabin. Resultados: A amostra foi composta por três crianças: uma do
sexo masculino, com diagnóstico de rabdomiossarcoma, 12 anos de idade, e duas do sexo
feminino com diagnósticos de tumor do sistema nervoso central com idades de 15 anos e 13
anos. Os principais objetivos do tratamento fisioterapêutico foram minimizar as complicações
respiratórias, motoras e circulatórias provenientes do posicionamento prolongado no leito.
Todas as crianças relataram melhora da dor após a intervenção da fisioterapia e todos os
cuidadores apontaram a fisioterapia como importante, muito importante ou extremamente
importante para a criança. Conclusão: A fisioterapia tem um considerável papel nos cuidados
paliativos, pois possui conhecimento e habilidades para aplicar métodos e recursos que
auxiliam os pacientes, sobretudo na redução da dor e na imobilidade, entretanto, há uma
importante lacuna na literatura acerca de estudos voltados para o tratamento fisioterapêutico
prestado aos pacientes oncológicos, principalmente, os pediátricos e torna-se fundamental a
realização de estudos futuros direcionados ao tema.
