Introdução: Após ao surto do vírus Zica (ZIKV) em 2015, foi percebido um
crescimento no número de casos de recém-nascidos com microcefalia relatados no
Nordeste do Brasil. Esses infantes apresentam alto nível de deficiência em diversas
áreas da funcionalidade e de relacionamento indicando a necessidade de
acompanhamento fisioterapêutico intensivo. Objetivo: Avaliar o efeito da fisioterapia
na capacidade funcional de crianças portadoras da Síndrome Congênita do Zica
Vírus (SCZ). Métodos: Pesquisa observacional, de corte transversal e retrospectivo,
através da análise de dados em prontuários no período de Fevereiro a Abril de 2019
em uma clínica de Fisioterapia localizada em Fortaleza – Ceará. A população do
estudo foi composta de crianças com SCZ e a amostra por conveniência de 16
participantes. Como critérios de inclusão estão os prontuários de crianças infectadas
pelo vírus ZIKV no período perinatal; crianças com idade entre 0 a 6 anos. Foram
excluídos prontuários com informações incompletas ou que estivessem ilegíveis. Os
dados obtidos foram analisados pelo software SPSS Statistics® 13.0 (IBM SPSS
Statistics for Windows, Version 22.0. Armonk, NY: IBM Corp.). Foi adotado o nível de
significância estatística p<0,05. Resultados: Com relação à função do corpo, as
categorias com maior significância de evolução foi mobilidade das articulações,
seguido de movimentos involuntários, força muscular e tônus muscular. No entanto,
nenhuma alteração considerável foi observado nas categorias de funções sensoriais
e dor. Conclusão: A fisioterapia foi efetiva na funcionalidade nas funções
relacionadas ao movimento das crianças com microcefalia associada ao ZIKV.
