A presente pesquisa discorre acerca da efetivação das políticas de enfrentamento à violência
doméstica no Brasil, priorizando a capital do Ceará. Tem como objetivo analisar a Casa da
Mulher Brasileira (CMB), a partir de uma abordagem interseccional, analisando, conforme
tal, as intersecções que potencializam as desigualdades de gênero e raça. Para tal, utilizou-se
em sua metodologia a pesquisa bibliográfica, apreendendo, tanto sua historicidade, como
também sua expressão na contemporaneidade. Mediante estudos de autoras que utilizam a
interseccionalidade como ferramenta analítica, e pesquisas feitas por órgãos governamentais e
instituições da sociedade civil. No que toca aos resultados, evidenciou-se que o processo
histórico brasileiro corrobora para a reverberação desta problemática, e que a CMB se revela
um equipamento importante no combate à violência doméstica, em decorrência da articulação
de esferas distintas de proteção num mesmo espaço. Porém, percebe-se a limitação de
propostas no que se refere às ações que identifiquem tais diferenciações entre as mulheres, já
que as negras seguem sendo as mais atingidas por essa expressão
