No ambiente hospitalar, a infecção da corrente sanguínea é responsável por grande
parte das infecções, o que requer cuidados específicos para evitá-las. Devido a esse
fato, objetivou-se destacar a contribuição da pesquisa produzida pela enfermagem
brasileira acerca das evidências sobre a atuação dos profissionais de saúde frente
às infecções de corrente sanguínea. Trata-se de uma revisão integrativa e os
estudos incluídos foram analisados de forma sistemática. Para a elaboração do
estudo, foram seguidas seis etapas essenciais. De acordo com os resultados, os
artigos citam a higienização das mãos para a redução das infecções relacionadas ao
cateter venoso central; recomendam a utilização de luva estéril como um fator
importante para se estabelecer a barreira de proteção e para manter o procedimento
de manipulação totalmente estéril. A limpeza do sítio de inserção do cateter
utilizando solução de gluconato de clorexidina a 2% é apontada em quatro artigos.
Estudos sugerem que seja dado um banho diário de clorexidina 2% no paciente que
está em uso do mesmo, que a limpeza do hub deve ser realizada criteriosamente
para potencializar a prevenção das infecções associadas ao uso do cateter. Além
disso, os estudos indicam que a limpeza desse dispositivo deve ser feita antes de
cada infusão e que a proteção das conexões é um meio para prevenir as infecções.
Conclui-se que a educação continuada é uma forma de prevenção das infecções
primárias da corrente sanguínea (IPCS). Considerando que diversos profissionais da
saúde estão envolvidos no manuseio do cateter, toda a equipe deve ser orientada
constantemente sobre a importância da qualidade da assistência na prevenção de
infecções.
