A facilidade, a comodidade e o prazer que os adolescentes sentem ao usar
excessivamente as tecnologias digitais móveis, está causando alterações na vida desses
usuários, ocasionando o desinteresse pela prática regular de atividade física. Nesse
aspecto, esta pesquisa tem por objetivo avaliar a relação entre a dependência ao
smartphone e o nível de atividade física em adolescentes. Trata-se de uma pesquisa do
tipo quantitativa, transversal e analítica, aprovada pelo Comitê de Ética –
COÉTICA/UNIFOR (Nº 3341394). O estudo foi desenvolvido em Escolas Estaduais de
Educação Profissional (EEEPs) de ensino médio. A população foi composta por 286
adolescentes de 15 a 19 anos, estudantes do 1ª ao 3ª ano do ensino médio. Estes foram
submetidos à coleta em duas etapas: na primeira foram aplicados três questionários; na
segunda, foi realizada a avaliação antropométrica. O estudo demonstrou uma elevada
prevalência da dependência ao smartphone pelos adolescentes 201(70,28%); em relação
ao nível de atividade física, a amostra apresentou 171 (59,79%) estudantes não
sedentários e 115 (40,21%) sedentários. Em relação ao IMC, 228 (80%) estão sem
excesso de peso e 57 (20%) estão acima do peso. O estudo comprovou que não houve
relação, entre dependência ao smartphone e o nível de prática de atividade física
(p=0,580). Os jovens do sexo masculino (50,2%), faixa etária 16 anos, são os que mais
utilizam o dispositivo móvel. Concluindo, os resultados apresentam altos níveis de
dependência, de inatividade física e de sobrepeso nos adolescentes, reforçando a
necessidade de mais estudos visando analisar as variáveis de dependência ao
smartphone e o nível de atividade física praticada pelos adolescentes.
