A saúde mental no adolescente pode ser comprometida por vários fatores, dentre eles a
complexidade na fase da adolescência e os avanços tecnológicos compactados no smartphone
que tendem a causar o adoecimento mental. Objetivou-se avaliar a relação entre a dependência
do smartphone e os transtornos mentais comuns (TMC) em adolescentes. Estudo do tipo
quantitativo, transversal e analítico, realizado no período de setembro e outubro de 2019, nas
Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs) de ensino médio, distribuídas nas seis
Secretarias Executivas Regionais da cidade de Fortaleza-Ce, compondo uma amostra
probabilística de 286 adolescentes de 15 a 19 anos, frequentando da 1ª a 3ª série do ensino
médio, devidamente matriculados no ano letivo de 2019 nas EEEPs selecionadas. Esses
estudantes foram submetidos à coleta de dados que ocorreu através da aplicação de três
instrumentos de coleta, autoaplicáveis e sigilosos; 1) Questionário sociodemográfico e histórico
de saúde 2) Smartphone Addiction Inventory (SPAI-BR) e 3) Self-Report Questionnaire (SRQ20). Verificou-se prevalência de 150 (52,4%) adolescentes com suspeita de transtornos mentais
comuns (TMC) e 201 (70,3%) da dependência do smartphone, sendo encontrada relação
significativa entre a dependência do smartphone em adolescente e o rastreamento dos
transtornos mentais comuns (p= 0,000). Conclui-se que houve associação entre a dependência
do smartphone e os transtorno mentais comuns ( TMC). Assim, devem ser adotados medidas
de alertas tanto no uso excessivo do smartphone, quanto no rastreamento do TMC em
adolescentes.
