Este artigo discute a relação da sociedade com a população em situação de rua e as
barreiras enfrentadas por esse público, como discriminação, preconceito e estigma
do uso de álcool e outras drogas. Trata-se de um estudo qualitativo que tem o
objetivo de compreender e descrever a percepção das pessoas para com os
indivíduos que se encontram em situação de rua e provocar reflexões que
contribuam com estratégias de enfrentamento da reprodução desses estigmas. A
observação participante foi a técnica utilizada na pesquisa. Esse método requer
contato direto do pesquisador com o fenômeno observado para obter informações
sobre a realidade do público pesquisado em seus próprios contextos. A pesquisa
aconteceu na Praça do Ferreira, no Centro da cidade de Fortaleza, no período de
outubro de 2017 a março de 2018. A partir das análises trazidas no texto, percebese que as barreiras sociais enfrentadas pela população em situação de rua se
caracterizam pelas práticas discriminantes e preconceituosas da sociedade que
favorecem a violação de direitos e reforçam o processo de exclusão social desses
indivíduos.
